08 de setembro de 2025 — As cadeias de suprimentos estão cada vez mais fragmentadas e sujeitas a interrupções, pressionando a eficiência dos armazéns. O alerta é de Andrei Danescu, CEO e cofundador da Dexory, que descreve a evolução do “armazém adaptativo” como resposta às novas exigências de mercado.
Por que mudar
- Escassez de mão de obra, oscilações na demanda e infraestrutura desatualizada afetam prazos e custos.
- Tensões geopolíticas, tarifas e expectativas de entrega rápida impulsionam a adoção de automação e robótica.
- Estudos de mercado indicam que essas tecnologias podem gerar economias de bilhões para as empresas.
Quatro estágios de modernização
Danescu divide a transformação dos centros de distribuição em quatro fases:
- Armazém cego: controle de estoque por planilhas ou papel, suscetível a erros, rupturas e excessos.
- Armazém observável: uso de códigos de barras, RFID e sistemas de gestão para rastreamento em tempo real; dados ainda analisados manualmente.
- Armazém inteligente: aplicação de IA e aprendizado de máquina para prever demanda, apontar anomalias e automatizar tarefas repetitivas, reduzindo falhas de previsão.
- Armazém adaptativo: agentes autônomos ajustam fluxos, alocam portões de carga e reorganizam endereços de produtos em tempo real, sem intervenção humana.
Benefícios apontados
- Redução do tempo de espera em docas ao realocar caminhões conforme as condições do momento.
- Ajustes automáticos de slotting baseados em demanda ao vivo e padrões previstos.
- Mudança do papel dos funcionários para funções de supervisão e inovação.
- Menor desperdício e consumo de energia, contribuindo para metas de sustentabilidade.
Segundo Danescu, visibilidade em tempo real e automação orientada por dados deixaram de ser opcionais. Empresas que avançarem rumo ao modelo adaptativo devem ganhar agilidade, precisão e resiliência diante de novos cenários logísticos.

Imagem: logisticsbusiness.com
Com informações de Logistics Business