A DoorDash apresentou em 30 de setembro de 2025 o Dot, robô de entrega elétrica desenvolvido internamente para atuar no trecho final da logística. O equipamento integra a Plataforma Autônoma de Entregas da companhia, que combina motoristas humanos, drones, veículos autônomos e outros robôs para selecionar o meio mais adequado a cada pedido.
Características técnicas
- Velocidade máxima: até 32 km/h (20 mph)
- Capacidade de carga: até 13,6 kg (30 lb)
- Trajeto: ruas, calçadas e ciclovias
- Alimentação: bateria elétrica removível
- Sensores: câmeras, radar e lidar
Segundo a empresa, o Dot foi pensado para percorrer distâncias curtas com cargas leves, reduzindo a necessidade de carros ou vans em bairros densos e, consequentemente, o tráfego e as emissões de CO2. Quando encontra um obstáculo que não consegue superar, o robô interrompe a operação e aguarda suporte humano, em vez de recorrer a teleoperação remota.
Integração multimodal
A Plataforma Autônoma de Entregas utiliza inteligência artificial para escolher entre robôs, drones ou entregadores humanos, levando em conta fatores como distância, tamanho do pedido, tráfego e custo. A estratégia reforça a tendência de logística multimodal, que busca maior eficiência ao combinar diferentes meios de transporte.
Efeito sobre a força de trabalho
A DoorDash afirma que o Dot complementará, e não substituirá, os dashers. O robô ficará responsável por entregas simples e repetitivas, enquanto os profissionais humanos assumirão pedidos mais complexos ou urgentes, papel que exige maior interação com o cliente e tomada de decisão.
Piloto em Phoenix
Embora a companhia não divulgue a escala da fase de testes, ela já instalou estações de recarga, áreas de armazenamento e equipe de campo em Phoenix (EUA). A expansão dependerá da aceitação pública, de regulamentações municipais sobre o uso de calçadas e ciclovias e da viabilidade operacional em larga escala.

Imagem: logisticsviewpoints.com
O lançamento do Dot representa mais um passo no esforço do setor para otimizar a chamada “última milha”, historicamente a etapa mais cara e ineficiente da cadeia de suprimentos.
Com informações de Logistics Viewpoints