Um estudo divulgado em 6 de outubro de 2025 detalha como companhias de software da China estão ganhando terreno fora de casa ao recorrer a três formatos de internacionalização: acompanhar clientes no exterior, firmar parcerias com agentes locais e abrir subsidiárias próprias. A análise identifica os principais motores, exemplos práticos, vantagens e desafios de cada abordagem.
Acompanhamento de clientes
Nesse modelo, fornecedores de soluções como WMS e ERP seguem fabricantes ou varejistas chineses que já operam fora do país, mantendo a relação iniciada no mercado doméstico.
- Haofang WMS & Xiaomi: no armazém de Bangalore (Índia), o tempo de entrega caiu de 7–10 para 2–3 dias, impulsionando a liderança da Xiaomi no mercado indiano.
- SIS Global & CIMC Group: o projeto de semirreboques no Oriente Médio ganhou rastreabilidade total, elevando a eficiência de pedidos em cerca de 40%.
Entre os benefícios estão necessidades claramente mapeadas e replicação de experiências anteriores. As barreiras passam por adequação regulatória — como a certificação BIS na Índia — e diferenças logísticas locais.
Parceria com agentes
Ao recorrer a distribuidores regionais, as empresas reduzem custos iniciais e lidam melhor com culturas locais.
- FLUX: usando redes de revenda na Austrália, posicionou seu WMS em fabricantes e operadores logísticos, ampliando participação no país.
- Best Software: na Sudeste Asiático, ajustes baseados em ordens de serviço diminuíram o tempo de aprendizado em 60%, mantendo taxa de retenção acima de 90%.
O formato acelera a cobertura de mercado, mas exige seleção rigorosa de parceiros e programas constantes de treinamento técnico.
Subsidiárias próprias
Estabelecer filiais garante controle direto sobre vendas, P&D e suporte.

Imagem: logisticsviewpoints.com
- FLUX Filipinas: focada em operadores 3PL, tornou-se parceira de referência no país e em mercados vizinhos.
- JD Logistics: armazéns próprios na Alemanha e na Polônia, com WMS adaptado ao GDPR, levaram a um aumento de 120% na receita europeia em 2024.
A modalidade aprofunda a integração local e fortalece a marca, porém demanda alto investimento inicial, cumprimento rigoroso de normas de dados e disputa por talentos regionais.
Os três caminhos apresentam trade-offs distintos; a escolha depende de metas, recursos e condições de cada mercado.
Com informações de Logistics Viewpoints