FedEx e UPS Reajustam Malha Aérea Após Fim do De Minimis

A extinção, em agosto de 2025, da isenção tarifária norte-americana para encomendas de até US$ 800 — conhecida como de minimis — está provocando mudanças estruturais nas operações aéreas de FedEx e UPS. A nova regra exige pagamento de tarifas e mais documentação para remessas internacionais, pressionando custos principalmente de pequenos pacotes vindos da Ásia.

FedEx redireciona aviões e integra redes

  • Corte de capacidade: cerca de 25 % dos voos transpacíficos foram retirados. Parte das aeronaves passou a operar em rotas Ásia-Europa, onde a demanda permanece estável.
  • Impacto financeiro: a companhia registrou redução de US$ 150 milhões no lucro operacional do primeiro trimestre e projeta perda total de receita de até US$ 1 bilhão em 2025, ligada a tarifas e custos aduaneiros.
  • Contrato encerrado: o fim do acordo de transporte aéreo com o Serviço Postal dos EUA retirou volume relevante da malha doméstica e afetou a rentabilidade.
  • Reestruturação interna: prossegue a fusão das redes Express e Ground. Já foram integradas 360 instalações de entrega na América do Norte, e quase 20 % do volume diário nos EUA passa por operações unificadas.
  • Segmentação de serviços: a oferta aérea foi dividida em três níveis, diferenciados por prioridade e custo, para otimizar o uso de aeronaves e centros de triagem.

UPS amplia rotas intra-asiáticas e revê foco comercial

  • Novas frequências: foi inaugurada rota dedicada entre China e Austrália e aumentaram os voos no Sudeste Asiático, buscando aproveitar o comércio regional e compensar a queda de volumes com destino aos EUA.
  • Desafios domésticos: a empresa avança mais lentamente que o previsto nas medidas de redução de custos nos Estados Unidos.
  • Público-alvo: há mudança estratégica para atender pequenas e médias empresas, em detrimento de entregas residenciais de baixo preço, mas os resultados financeiros ainda são limitados.
  • Visão do mercado: analistas destacam fraqueza macroeconômica no segmento B2B, despesas elevadas da reorganização e obstáculos na internalização da última milha, fatores que motivaram rebaixamentos de recomendação das ações.

Com a retração dos fluxos transpacíficos, FedEx e UPS redistribuem ativos e priorizam redes aéreas regionais, sobretudo na Ásia. A estratégia sinaliza afastamento de volumes de e-commerce de baixa margem com destino aos Estados Unidos, em um cenário de regulamentação mais rígida e demanda desigual.

Com informações de Logistics Viewpoints

FedEx e UPS Reajustam Malha Aérea Após Fim do De Minimis - Imagem do artigo original

Imagem: logisticsviewpoints.com

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