Um incêndio de grandes proporções na fábrica da Novelis em Oswego, no estado de Nova York, está provocando forte impacto na cadeia automotiva dos Estados Unidos. O fogo, iniciado em 16 de setembro, destruiu o hot mill — área essencial para a laminação de chapas de alumínio — e paralisou o fornecimento do material a diversas montadoras.
A Novelis é responsável por cerca de 40% do alumínio consumido pela indústria automobilística norte-americana. A companhia estima que as operações do hot mill só serão retomadas no primeiro trimestre de 2026, prolongando a escassez de matéria-prima no mercado.
Ford é a mais afetada
Maior cliente da unidade de Oswego, a Ford depende intensamente do alumínio para a carroceria da picape F-150, convertida de aço para o metal há uma década. A montadora deve detalhar o impacto do incêndio ao divulgar seus próximos resultados trimestrais.
Efeito em outras montadoras
- Toyota informou estar “em boa situação, mas não totalmente fora de risco” e busca fornecedores alternativos.
- Hyundai declarou que sua produção permanece sem alterações.
- Stellantis também recebe alumínio da Novelis, mas ainda não divulgou avaliação de impacto.
O incidente escancara a vulnerabilidade de cadeias just-in-time, nas quais um único ponto de falha pode interromper a produção de diversos fabricantes por meses. A notícia levou investidores a reagir negativamente, e as ações da Ford registraram queda.
Alternativas e custos
Para reduzir o déficit, a Novelis recorre a plantas localizadas fora dos Estados Unidos e colabora com concorrentes. Contudo, tarifas de importação elevadas sobre o alumínio podem aumentar os custos para as montadoras.

Imagem: logisticsviewpoints.com
A dimensão total das perdas financeiras e produtivas deverá ficar mais clara nas próximas semanas, à medida que as empresas divulgarem atualizações oficiais.
Com informações de Logistics Viewpoints