Risco Climático Entra na Agenda da Gestão de Cadeias Globais

Um relatório recente do Center for Climate and Energy Solutions (C2ES) aponta que, apesar dos avanços em resiliência, flexibilidade, contingência e colaboração com fornecedores, as cadeias de suprimentos ainda carecem de métricas específicas e ferramentas de divulgação voltadas ao risco climático.

Principais conclusões

  • Lacuna de dados: ausência de indicadores climáticos integrados prejudica a tomada de decisão dos gestores.
  • Barreiras atuais: desafios de dados, pouca transparência dos fornecedores e incompatibilidade entre avaliações de risco climático e metas corporativas.
  • Recomendação: adoção de abordagens que combinem gestão de cadeia e análises climáticas, apoiadas por maior colaboração entre empresas.

Visão do mercado

Sadie Frank, cofundadora da empresa de analytics N4EA e colaboradora do estudo, afirma que profissionais de clima costumam limitar o foco ao risco de ativos. Segundo ela, o setor precisa de ferramentas que harmonizem ameaças como enchentes e incêndios ao longo de toda a cadeia, que engloba finanças de comércio, operações de armazém, planejamento e transporte.

Como as empresas avaliam riscos hoje

O grau de maturidade varia. Companhias ferroviárias, mais expostas a enchentes e extremos de temperatura, adotam práticas avançadas. Nos Estados Unidos, a pressão regulatória ganha força com os projetos de lei californianos SB 261 e SB 253, que exigem relatórios climáticos de mais de 4.500 empresas com faturamento superior a US$ 500 bilhões.

O papel da colaboração

O relatório incentiva diálogo direto com fornecedores, além da simples troca de documentos. A combinação de conhecimento em risco de cadeia e gestão climática pode melhorar a operação diária frente a eventos extremos e, simultaneamente, fortalecer a visão de longo prazo.

Alertas não bastam

Embora úteis, avisos sobre incêndios ou enchentes em instalações de fornecedores costumam carecer de contexto. Para o C2ES, essas notificações precisam detalhar intensidade, duração e impacto esperado, possibilitando respostas mais precisas.

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Imagem: logisticsviewpoints.com

Preparação para novas disrupções

Depois da pandemia de COVID-19, avançaram estratégias de resiliência, mas modelos de entrega no mesmo dia introduziram fragilidade adicional. Tarifas comerciais também obrigaram empresas a repensar planejamento e sourcing.

O estudo conclui que o futuro da gestão de cadeias exige visão abrangente das redes de transporte, incluindo riscos físicos, políticas comerciais e mudanças climáticas, além de posicionamento estratégico de centros de distribuição.

Com informações de Logistics Viewpoints

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